Blog
Na JR CLassics Garage acreditamos que partilhamos a mesma paixão dos nossos clientes.
A cegueira

~~A CEGUEIRA DE QUEM NÃO QUER VER

Vivemos tempos de uma preocupação ambiental ambígua, onde vemos multidões de pseudo-ambientalistas com preocupações extremas e atitudes esforçadas utilizando a bandeira do ambiente para fazer ouvir a sua voz e os breves minutos de estrelato. Ainda assim foi necessário cair sobre nós esta fatalidade da humanidade viver com um vírus estranho para que as acções de tais pseudo-ambientalista se mostrassem pouco eficazes.
Não poucas vezes torna-se necessário, para tais pensadores, a identificação de bodes expiatórios, ainda que na sua maioria insignificantes poluidores, para que as suas austeras regras sejam aplicadas.
Infelizmente vemos nesta “onda” uma certa classe política que cirurgicamente identificou, certamente que aconselhados pelos nossos pseudo-ambientalistas; os automóveis clássicos como a causa dos seus problemas ambientais, e como tendo a sua batuta o poder do ditador proibiu-se a circulação de veículos clássicos a seu belo prazer.
Relativamente aos pseudo-ambientalistas os quais apregoam a bicicleta como o único meio de transporte verdadeiramente ecológico, aceitam como solução alternativa a mobilidade eléctrica, naturalmente que com energia limpa.
Questionamos tais pseudo-ambientalistas como tencionam fazer as necessárias baterias para tal mobilidade, porquanto quando no nosso país se tentou explorar lítio, todas as forças, por si orquestradas, se manifestaram contra tal situação. A justificação mais consistente que ouvimos foi que num longínquo país da américa do sul tal mineral existe em quantidades abundantes, certamente por este motivo naquelas paragens tal exploração não tem qualquer impacto ambiental. Como sabemos que as necessárias baterias são finitas e que um dia será necessário proceder ao seu desmantelamento e tratamento dos seus componentes, gostaríamos de saber qual a solução dos nossos pseudo-ambientalistas sobre tal solução. Ainda sobre o quotidiano de tais seres verificamos que utilizam modernos equipamentos, tais como computadores, telemóveis e outros equipamentos com as referidas baterias e outros componentes de difícil tratamento ambiental. Por coerência deveriam fomentar a utilização de outras formas de auxiliares de vida, mas lembramos que os sinais de fumo também são poluentes.
Já nem nos merece semelhante reflexão sobre a utilização de vestuário de ganga por tais pseudo-ambientalistas, pois como é conhecido o seu fabrico, além de roçar a escravatura, é uma das actividades mais poluentes dos seus congéneres.

Não sendo, nem querendo ser, cientistas não deixamos de convidar todos para a seguinte reflexão:
“Pelos dados que são públicos a auto-mobilidade eléctrica cifra-se abaixo dos 10% e a energia eléctrica produzida na europa em centrais nucleares ascende a 60%. Onde está a energia limpa para uma mobilidade 100% eléctrica? Nas centrais nucleares?”.
Relativamente aos senhores políticos que ditam as proibições de circulação dos nossos clássicos em zonas essencialmente históricas com fundamentos ambientais, ainda que sem qualquer estudo que a sustente, tendo como bandeira o turismo, e que se esquecem no entanto dos aviões, barcos, autocarros e outros meios de transporte comprovadamente poluentes necessários ao seu transporte, do consumo de água e os efluentes gerados por tais turistas, queremos solicita-los para uma reflexão sobre os pontos que enumeramos:
-Um veículo clássico foi produzido há longos anos estando a sua pegada ambiental ultrapassada;
-O restauro de um veículo clássico evita desmantelamento/abandono de um veículo em fim de vida eliminando assim um problema ambiental;
- Os veículos clássicos, além do prazer que proporcionam aos seus utilizadores, são história viva;
-O mundo dos clássicos origina, em todos os seus estados, avultado movimento económico, nomeadamente, no tão desejado turismo;
-Naturalmente que se exercitarmos a quantificação percentual da poluição que produzem perdemo-nos nas casas das milésimas;
Bem sabemos que todos temos a obrigação de alterar comportamentos de forma a minimizar a nossa pegada ecológica, mas nunca tal poderá ser feito com recurso a proibições aleatórias ditadas pela necessidade do voto e pela influência de pensamentos pseudo-ambientais apregoados por seres incongruentes e utópicos.
Apelamos ao bom senso de quem foi eleito, certamente que também por entusiastas dos veículos clássicos, para que os automóveis clássicos não sejam considerados “o problema ambiental”, mas sim mais um elemento que contribui para o bem estar social de uma parte dos seus eleitores, um fomento para a economia e um museu vivo de uma parte da história que esteve na base do desenvolvimento da sociedade em que vivemos.
Assim, em conjunto, conseguiremos encontrar as soluções necessárias...basta querer ver.